domingo, setembro 13, 2009

Cenas do cotidiano

1.
É horário de pico em Fortaleza, ou seja, o trânsito na 13 de maio e na Carapinima é intenso, para não dizer caótico. E é justamente no cruzamento dessas duas avenidas que assisto uma cena um tanto inusitada: um papai noel em pleno setembro e ainda mais vestindo verde, xingnado e mal dizendo uma senhora idosa, de cabelos curtos, bem magra, vestindo mini-saia e blusa de alcinha e com uma tatuagem nas costas, aquelas tatuagens não muito bem feitas (uso aqui dinovo o eufemismo: a tatuagem era horrorosa!)que com o passar do tempo ficam verdes.

Pensei ser uma intervenção urbana de algum grupo pós-moderno, mas não é só o cotidiano de Fortaleza.

2.
Num tem a senhora da postagem anterior, do texto do Mário Prata? Pois é! Acho que a encontrei no ônibus dias desses.

Ela subiu pela porta da frente, falando alto coisas que não consegui estabelecer uma correlação. Depois de prestar atenção consigo entender que ela está pedindo licença, para sentar-se, ao senhor que está sentado na cadeira prefencial. E eu achando que tava entendendo as coisas! Quando olho dinovo pra frente ela está em pé, em cima da cadeira, quase que pisanndo em cima do senhor, expiando a janela de um apartamento.

Depois dessa cena, ela olha para todos no ônibus e faz questão de dizer que vem de lá. Acho que é pra gente não achar ela uma grande fofoqueira. É nessa hora que ela solta a frase impactante, responsável por eu reconhece-la! - Policial civil não tem amigo!

Algumas paradas depois ela desce e se escuta o burburinho no ônibus. O senhor, que ela pertubou, conversando com o motorista: - É verdade! Ela é policial aposentada, ela me mostrou a carteira!

É! Ela é a delegada aposentada do Mário Prata!

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