Perdi os sentidos, os sonhos, as esperanças. Perdi! Agora, exatamente nesse instante, porque talvez amanhã não mais, só me resta a pergunta: De que adianta? De que adianta tantos desejos, se não conseguirei concretizá-los? De que adianta certezas, se elas são falsas? De que adianta teorias, se não há prática? De que adianta se não há nada de concreto, de palpável?
Depois de entregar ao vento minhas certezas e meus dogmas sinto uma enorme vontade de ter, fazer e viver coisas mais palpáveis, mais consistentes. Não quero mais nada que inebrie os meus olhos. Não quero amores cegos, certezas absolutas, verdades inquestionáveis. Quero sim um “amor tranqüilo”, certezas e verdades que vão e vem, que se fazem novas e diversas a cada instante. Sinto a dor de tanta liberdade, de não ter mais certezas, mas sei que ela é necessária e, prefiro essa dor que uma felicidade baseada em não questionamentos.
Não quero mais a passividade que convivi por tantos anos, quero fazer, experimentar, sentir, viver! Quero provar novos sabores, tocar novas coisas, ouvir outras canções, ver paisagens diversas, quero experimentar o mundo do qual me privei. Sair!!! Viver!!! Perceber-me como alguém que só seguiu regras, que só foi por caminhos bem traçados, alguém que nunca ousou verdadeiramente me afoga em novas vontades, mais transgressoras. Talvez seja isso estou precisando transgredir, porém no simples ato de pensar tal atitude, sou dominada pelo medo. Tento de todas as formas, mas não consigo transgredir. E novamente sou condicionada, tudo o que eu não queria ser, todo o porquê do meu sofrer.
"Pensou ser fácil ser feliz
Pensou ser capaz de ser feliz
Pensou conseguir ser feliz com as coisas que diz
Como ser feliz com as percepções que fiz?
Como ser feliz se questiono o quê e quem me diz?"
4 comentários:
Peço que tod@s tenham calma quando lerem esse texto. Estou bem, quer dizer, melhorando. Não!!! Não temho tendências suicídas, não se preocupem.(risos) Esses??? Sentimentos de ontem. Hoje são outros!!!
Beijo a todos e todas que passam por aqui e deixam ou não um comentário
é bom avisar né prys?!...hehehehe...são só momentos e esse foi bem intenso, pelo visto
ao ler o que vc escreveu me veio a cabeça esse poema aqui que andei [re]lendo do Mário Quintana:
"Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA..."
:P
;]
:****
Perguntaríamos, inocentemente, o que adianta viver? Atribuir valores é uma faceta humana. Já sabes que não tem preço, muito menos respostas às indagações que colocas. Conheço muito bem essas questões, pois a vivi com você. Estamos numa via de mão dupla e isso nos engrandece. Beijos e tenha um ótimo restinho de final de semana. Até logo!
nega...
Sei que andas se sentindo assim...
Mas as mudanças são como o vento, podem surgir do nada e nos carregar para longe, transformar tudo que estava parados naquele mesmo instante...
Tô aqui, pra ti, sempre...
Não sei se serve como porto seguro, mas terás sempre tuas amizades verdadeiras como teu cais pra ancorar-se...
Te amo linda :******
Postar um comentário