"O que apaixona uma mulher de vinte anos hoje?”
“Quem são vocês? O que são vocês? Pra que são vocês?”
“Vou embora...É melhor voltar... Dar uma segunda chance!"
Provocações de uma semana. E que provocações!!! Cutucões numa ferida purulenta. Perguntas que me deixaram de olhos marejados quando foram feitas. Marejados porque não sabia (sei) as respostas e a angústia me tomou. Paixão??? De que adianta a paixão se não estamos ligadas ao que nos apaixona? De que adiantou vir na minha mente: "Teatro!!! O que apaixona essa mulher de vinte anos é o teatro!"? Nem tive coragem de dar essa resposta, como conseguiria explicar que tenho paixão pelo teatro e não o pratico??? Não conseguiria porque não há explicação. A apatia de que ele tanto fala(va), que tanto lhe incomoda(va) está(va) em mim!!! Ali! Na sua frente, bem diante de seus olhares causadores de inquietação.
Paixão... Paixão... Paixão... Paixão... Paixão... É isso que ecoa, ainda, em mim. Essa mulher (menina) de vinte anos também tem paixão pela “cultura popular” e essa paixão tem causado incontáveis anseios de partir. Ir, sair, largar, deixar... Sair de tudo isso! De tudo isso que não está causando o frenesi da paixão, o desejo. Não que não os ame, mas não tem mais a mesma empolgação. E eu vivo do sentimento, das sensações. A calmaria das sen’s me perturba, não sou eu sem elas. Estou sem elas. Não sou! A coragem de sair? Não tenho! E como não consigo ser/estar sem o fervilhar das sen’s... Procuro meios paliativos. O teatro? Vivenciarei! Decisão tomada! A “cultura popular” (por hora) infelizmente não a vivenciarei no Cariri como desejo. Estudarei, pesquisarei, sentirei... Aqui. A teoria de que quero fugir, mas...